Parte do nosso serviço é partilhar as histórias e imagens dos Deuses Lusitanos, onde estão incluídas as Senhoras do I.L.L. Por isso, deixamos aqui como o Iseum vê o panteão em que estão inseridas - deixando explicito que esta não deve ser levada como informação história dos mesmos, sendo uma interpretação puramente espiritual e moderna vinda da informação disponível, segredos revelados em rituais e experiência própria com os Deuses. Devido à falta da mesma, sendo os Lusitanos um povo sem História e a pesquisa das religiões dos mesmos pouco valorizada em Portugal, esta visão tem como inspiração outros panteões, em especial o Grego e o Romano. O importante a relembrar é que o Divino é fluido e existe num espectro de toda a teia da nossa própria existência e capacidade de conhecer esse Divino. Estas visões não são fixas nem obrigatórias ao todo para fazer parte do Iseum, e esta página está em constante construção e desconstrução, pois a natureza do Divino não é, nem nunca será, fixa.
Divindades Principais
Nabia, Rainha das Águas:
Uma das Senhoras Eternas do Iseum. Rainha do panteão, Mãe de todes - Divinos, Mortais ou Liminais. Senhora das Águas, da Lua, dos Limites, das Fadas, dos Ancestrais e da Criação. Protetora de todas as mulheres e corpos a que foi imposta a feminilidade, que abençoa as Moiras Encantadas do seu Fadário pela injustiça que enfrentaram. Padroeira de Portugal e de todos os seus protegidos que sentirem uma conexão forte ao liminal e à água. Os seus símbolos são os pássaros, as conchas, a lua e todo o recipiente para água.
Epítetos: Corona (Coroada); Dea (Deusa); Conservatorix (Guardiã, a que Conserva); Virgini (Virgem); Ninphae (Ninfa); Cornigera (Com Cornos); Cantibidone (Dos Limites); Arconunieca (de Arconunis); Elaessurraega (de Elaesis).
Interpretatio: Demeter (Grega); Tétis (Grega); Juno (Romana); Diana (Romana); Nantosvelta (Celta); Manannán mac Lir (Celta); Rân (Nórdica); Marinha das Águas Santas (Cristã); Santa Iria (Cristã);
Ataegina, Rainha do Submundo:
Uma das Senhoras Eternas do Iseum. A Senhora das Estações e Transição. Rainha do Submundo e Deusa da Primavera. Reina sob o Outro Mundo e as Almas Penadas, castigando e trazendo justiça aos que levaram uma vida menos bondosa. Traz segredos e mudança, ajudando nas transições pelas quais cada um de nós passa na vida. Vemos esta Senhora com três faces - Donzela, Morta e Rainha, e respeitamos a forma como muda, alterando a terra com ela. Multifacetada e protetora de quem procura saber o que está escondido, quem procura explorar o seu Eu interior e quem respeita as transições da natureza, limites sempre a mudar. Os seus símbolos são as cabras, mariposas, flores, a lua e tronos.
Epítetos: Domina (Dona/Rainha); Dea Sancta (Deusa Sagrada); Servatrix (Guardiã); Invicta (Invencível); Proserpina (Sincretismo a Proserpina); Turobrigensi (De Turibriga).
Interpretatio: Proserpina (Romana); Persefone (Grega); Hekate (Grega); Morrígan (Celta); Hel (Nórdica); Santa Luzia (Cristã); Santa Eulalia (Cristã);
Endovélico, Senhor do Verde:
O Senhor da Vegetação e do Sol. Ajudante de Ataegina que traz as Almas até ao Outro Mundo. Comunicador com os Seres Mágicos e curandeiro dos males dos vivos e dos mortos, perito das artes médicas. Traz a luz pelas estações, sendo o calor do sol incarnado. Passa por duas fases - Andovélico, do Sol, e Endovélico, Obscuro. É tão claro como as ervas que nascem na terra, como misterioso as folhas que ficam castanhas no outono. Abençoa os Oráculos e toda a divinação. Também ele é transição como a Senhora do Submundo, e é respeitado ao seu lado. Os seus símbolos são o javali e a palmeira.
Epítetos: Deus Sanctus (Deus Sagrado); Numen Praesentissimum (Divino Mais Presente); Ex Imperato Averno (Pela Ordem Infernal); Ex Issum Numinis (Pela Ordem do Divino); Ex Visu (Pela Visão); Pro Salute (Pela Saúde);
Interpretatio: Apollo (Grego); Asclépio (Grego); Mercúrio (Romano); Serápis (Greco-Egípcio); Dagda (Celta); Sucellus (Celta); Frey (Nórdico); Homem Verde (Bruxaria); São Bento (Cristão); São João (Cristão);
Reve, Guardiane dos Céus:
Senhore dos Céus e dos Trovões. Rei/Rainha do panteão e juiz dos Deuses. Olha sob os corpos de água menores, como rios, ribeiras e termas e ilumina as suas águas, criando visões belas e espaços quentes. Caminha pelas montanhas com o frio e as nuvens, fazendo-as chocar para a trovoada. Tem três faces, relativas ao seu género - Reus, o Rei, Reve, Guardiane e Reva, Protetora. Estas faces são todas Reve, e todas são respeitadas, esta Divindade protegendo aqueles multifacetados como Reve. Abençoa os que ponderam a realidade à sua volta e os líderes naturais. Os seus símbolos são o martelo e o carvalho.
Epítetos: Deo Maximo (Maior Deus); Bormanicus (das Termas); Anabaraego (Dos rios Ana e Baraecus) ; Reumiraego (do rio Mira); Veisuto (Fluído); Longatinaeco (Grande Rio); Marandicui (da serra de Marvão); Larauco (da serra de Larouco);
Interpretatio: Poseidon (Grego); Jupiter (Romano); Brigid (Celta); Taranis (Celta) Lugh (Celta); Thor (Nórdico); Santa Barbara (Cristã); São Pedro (Cristão);
Quangeio, Amigo Leal:
Deus cão, protetor e defensor. Toma forma canídea e protege os animais e o véu liminal. É tão multifacetado como todos os cães do mundo, podendo ser chamado para diversas funções, e caminha os Limites com as Senhoras para o outro mundo, protegendo a sua entrada, acompanhando especialmente Nabia como ajudante. Encarna os valores de lealdade e amizade, sendo tanto a cura para quem procura ajudar os outros, como o castigo de quem quebra estes valores. Reina sob os seres mágicos animalescos, especialmente os caninos, como os Corrílários, Lobisomens e Zorras. Protetor de quem é leal aos seus e respeita todos os seres - vivos ou mortos. Os seus símbolos são o cão e manjericão.
Epítetos: Tangus (relativa a local); Turicaecus (relativa a local); Repulsor (Que Repele);
Interpretatio: Cerberus (Grego); Hades (Grego); Jupiter (Romano); Sucellos (Celta); Cernunnos (Celta); Fenrir (Nórdico); Santo António (Cristão); São Francisco de Assis (Cristão);
Trebaruna, Protetora da Casa:
A Senhora Guerreira, defensora do espaço doméstico. Luta com a estratégia do ser humano e o desespero dos animais. Tal como o fogo é tanto quente e aconchegante como imprevisível e destruídor, assim é Trebaruna. Como a fonte sustenta e regenera, e, ao mesmo tempo, seca ou afoga, assim é Trebaruna. A sua natureza é um segredo, sempre mascarada ou velada, e deve ser respeitada através do respeito ao espaço que habitamos. Seres Mágicos domésticos estão sob a sua tutela, e devemos aprender a coabitar com eles e definir os limites no nosso espaço. Protetora de quem é mais caseiro. Os seus símbolos são a fogueira e a ovelha.
Epítetos: Augusta (relativo ao império Romano)
Interpretatio: Hestia (Grega); Vitória (Romana); Diana (Romana); Minerva (Romana); Brigid (Celta); Santa Barbara (Cristã);
Bandua, Artesane da Comunidade:
O centro de qualquer comunidade é o espírito de Bandua. Senhore da comunidade, da proteção, da harmonia, das artes, da abundância. Uma divindade central que acompanha Nabia e Reve na sua defesa e cuidado da comunidade, tendo uma vertente mais guerreira e estratégica. Tanto luta pela sua cidade, como promove a cultura e o bem-estar do ecossistema de gente que a habita, ensinando artes como tecelagem, a agricultura, a pintura, a escultura, a música. Encontrada nas encruzilhadas, é uma divindade que vive e morre pela comunidade que a adora. Proteje quem respeita todos à sua volta e cria para a sua comunidade, preferindo a partilha à competição. Os seus símbolos são a torre e o touro.
Epítetos: Apolosego (Vitoriosa); Veigebraego (Na Carroça); Vordeaicus/Brialecus/Malunaicus/Verubricus (Das Alturas); Esibraeco (Dos Caminhos);
Interpretatio: Atena (Grega); Zeus (Grego); Fortuna (Romana); Marte (Romano); Lugh (Celta); São Sebastião (Cristão); Santa Margarida (Cristã);
Cosus, Irmão Guerreiro:
Guerreiro, Senhor da estratégia e da união. Um Deus da guerra, mas não da sua violência - dos sentimentos de união por uma causa maior, de indagação pela crueldade aos outros seres humanos. A vontade de lutar pelo outro. Não só promove o pensamento claro, como a relação intima que vem de ter uma causa comum e de partilhar o mesmo sofrimento e raiva vindo dessa luta. Tem um lado feminino, Cosunea, que é respeitado como representante da luta feminina. Encontrado nos rios, é uma divindade que pode ser tão calma e fluida como rápida e agressiva. Proteje quem luta pela dignidade do outro e defende a nossa união e empatia para com quem não consegue lutar por si. Os seus símbolos são a lança e o escudo.
Epítetos: Udunnaeo (Local); Neneoeco (Local); Deo Marti (Deus Marcial); Viascanno (Local?); Paeteaico (Local?); Soaegoe (Local?); Oenaego (Local?);
Interpretatio: Marte (Romano);
[PÁGINA EM CONSTRUÇÃO]
Arentio e Arentia, Gémeos Liminais:
Ilurberda, Chave dos Caminhos:
Drusuna, Guia dos Segredos:
Icona, Égua Mágica:
Divindades Secundárias
Erbina, Ninfa dos Portais:
Lepo, Libertador:
Broneia, Pão de Todes:
Aerno, Vento Frio:
Crouga, Pedras Eternas:
Caerno, Pastor do Rebanho:
Runesus, Mistério do Sul:
Dercetio, Grande Dragão: