O Iseum é dedicado às Deusas Nabia e Ataegina, mas Elas não são as únicas presenças no mesmo. Como espaço liminal, vários guardiões protegem este espaço e contribuem para ele. Estes guardiões devem ser respeitados e reconhecidos.
Erbina, a que guarda os Portais:
Respeitamos Erbina Cantibidone, que, com Nabia, guarda os limites. Donzela Ninfa prateada que surge nos rios e ribeiras. Esta é uma Deusa mais misteriosa que Nabia e Ataegina, mas nunca menos importante. Neste Iseum, vemos a sua presença como uma de porteira para o Outro Mundo, protetora dos limites, que permite, ou proibe, a passagem. Vemos Erbina como uma das Ninfas filhas de Nabia, Deusa, Bruxa e Fada num corpo só.
A Jana, que guarda o Destino:
O Iseum tem uma Jana Familiar, que oferece ajuda em todos os atos de divinação e é invocada e consultada para os mesmos. Janas são Seres Mágicos que decidem o Fado de todos os seres, e servem as Senhoras da Lua tal como nós no Iseum, sendo os seres com os quais temos maior conexão. Janas são o Destino incarnado, podendo tomar qualquer e todo o género, existindo no contexto de tudo o que acontece e acontecerá.
U Duende, que guarda a Casa:
Qualquer espaço tem o seu Duende. U Duende do Iseum não só mantém a sua energia fisica e espiritual, como representa esse próprio espaço. É invocado para rituais e celebrações caseiras, e incluído nos mesmos. Duendes são Seres Mágicos da casa, famosamente ao serviço de bruxas, que podem tanto fazer traquinices como trazer felicidade ao lar. Neste Iseum, vemos Duendes como extraídos dos conceitos humanos de género, representações de não binariadade.
Os Ancestrais, que guardam a Sabedoria:
O respeito ao que vieram antes de nós faz parte de qualquer prática pagã. Existimos no contexto do que eles criaram. Respeitamos os ancestrais que nos deixaram as aras que revelam os Deuses Lusitanos, os que esculpiam e desenhavam para os deuses como hoje fazemos. Os ancestrais que lutaram pelos direitos queer, que nos deram a liberdade de sermos quem somos abertamente, a liberdade de olhar para o Divino que forma Queer. Os ancestrais que escreveram e criaram tudo o que nos inspira na nossa prática. Os ancestrais que vemos refletidos na nossa face, e os ancestrais da nossa linhagem iniciática. Todes dentro de uma teia de união e sabedoria.